Pouco tempo depois de eu fazer aquela oração, eu peguei no sono e no outro dia acordei como se nada tivesse acontecido. Eu precisava ir para escola, e no meio dos amigos todo mundo é feliz, ninguém revela o vazio que tem por dentro, nem que tem medo de ir para o inferno, longe do papai e da mamãe todo mundo é adulto e dono do próprio nariz.
Houve vezes que eu fui a igreja com a mesma roupa que eu havia dormido, só para acordar uns minutinhos mais tarde, mas na hora de ir ao colégio, era tipo assim:
- Essa blusa não! É roupa de criança… Essa não...Essa não… Uhmm…Essa sim, vou usar essa roupa da minha irmã mais velha, todo mundo vai reparar!
Eu tinha um grupinho de amigas, não era a turma do fundão, na verdade eramos até bem estudiosas, as vezes elas ficavam falando mal da Universal, e então eu perdia meu tempo tentando defender a igreja e o bispo, mas o principal que era o bom testemunho eu não dava.
Havia também uma melhor amiga em especial, nós eramos amigas desde a primeira série, ela desconfiava que eu gostava de um menino novo que havia chegado no colégio, ela sempre me interrogava sobre isso e eu negava, por que ficava pensando:
“Eu já gostei de alguém antes, a gente até ficou mais não deu certo, se gostar de alguém agora vou me dar mal de novo. É melhor ouvir minha mãe e esperar eu ficar mais velha.”
Um belo dia, uma garota estava me irritando muito, e eu resolvi falar um palavrão, o mais feio que tem, só pra me enturmar, eu fazia de tudo por um pouco de popularidade, e se era para chamar a atenção, eu consegui, todo mundo parou o que estava fazendo e olhou para mim:
- Você falando palavrão?- A Manu me perguntou com um ar de riso misturado com condenação.
- Ué? Vocês vivem falando...
- Ah... mas não combina com você, né?
Eu fingi não ter ligado, eu estava com muita vergonha, dentro de mim eu tinha inveja de todo mundo que parecia nem saber da existência de Deus, que carregava um santinho no bolso e pronto, podia fazer o que quisesse sem peso algum na consciência, eu nem imaginava o privilégio que tinha por ter nascido na igreja.
“Será que o aluno novo me viu pagando esse mico?”
Houve vezes que eu fui a igreja com a mesma roupa que eu havia dormido, só para acordar uns minutinhos mais tarde, mas na hora de ir ao colégio, era tipo assim:
- Essa blusa não! É roupa de criança… Essa não...Essa não… Uhmm…Essa sim, vou usar essa roupa da minha irmã mais velha, todo mundo vai reparar!
Eu tinha um grupinho de amigas, não era a turma do fundão, na verdade eramos até bem estudiosas, as vezes elas ficavam falando mal da Universal, e então eu perdia meu tempo tentando defender a igreja e o bispo, mas o principal que era o bom testemunho eu não dava.
Havia também uma melhor amiga em especial, nós eramos amigas desde a primeira série, ela desconfiava que eu gostava de um menino novo que havia chegado no colégio, ela sempre me interrogava sobre isso e eu negava, por que ficava pensando:
“Eu já gostei de alguém antes, a gente até ficou mais não deu certo, se gostar de alguém agora vou me dar mal de novo. É melhor ouvir minha mãe e esperar eu ficar mais velha.”
Um belo dia, uma garota estava me irritando muito, e eu resolvi falar um palavrão, o mais feio que tem, só pra me enturmar, eu fazia de tudo por um pouco de popularidade, e se era para chamar a atenção, eu consegui, todo mundo parou o que estava fazendo e olhou para mim:
- Você falando palavrão?- A Manu me perguntou com um ar de riso misturado com condenação.
- Ué? Vocês vivem falando...
- Ah... mas não combina com você, né?
Eu fingi não ter ligado, eu estava com muita vergonha, dentro de mim eu tinha inveja de todo mundo que parecia nem saber da existência de Deus, que carregava um santinho no bolso e pronto, podia fazer o que quisesse sem peso algum na consciência, eu nem imaginava o privilégio que tinha por ter nascido na igreja.
“Será que o aluno novo me viu pagando esse mico?”