- Por que ela te bateu?- A inspetora do colégio me perguntou muito brava.
- Eu não sei.- Eu respondi chorando. Além de ter apanhado na frente de todo o colégio, eu fui levada praticamente arrastada para a diretoria.
- Por que você bateu nela?- A inspetora perguntou aos gritos para a garota que estava com uma cara de muito ódio, com os punhos serrados, olhando fixamente para frente e com a respiração tensa.
- Por que ela provocou as minhas amigas!!!- Ela respondeu com muita raiva.
- Eu não fiz nada.- Eu tentei respondei enquanto eu soluçava.
A inspetora andava de um lado para o outro batendo os pés e nos olhando seriamente, então ela saiu por um momento da sala. A garota bufava de ódio e por mais que eu pensasse eu não conseguia achar um motivo para ela ter me atacado daquele jeito:
Seria essa menina da turma da garota do recado? Mas por qual motivo elas iam querer me bater? Seria por causa do Nando? Mas já fazia um tempo que eu fiquei com ele e a gente nunca mais se viu… Mesmo assim não seria motivo para elas fazerem isso...
“Por que meu Deus? Justo agora que eu estava te buscando.”
Enquanto eu pensava isso veio uma voz suave a minha mente dizendo:
“Dá a outra face.”
A inspetora voltou com a mesma feição de raiva trazendo um copo d’agua para eu tomar. Ela se voltou para a menina e perguntou novamente:
- Por que você bateu nela?
- Eu não sei… Eu não sei por quê eu bati nela.- Ela respondeu com uma voz passiva agora.
Quando eu levantei a cabeça e olhei para a menina que a poucos minutos havia me dado uma surra, ela estava com expressão totalmente mudada, não havia mais ódio no seu rosto, ela estava com um olhar perdido como se não estivesse entendendo nada do que ela tinha feito:
- Eu não sei por que bati em você, me desculpa…
Mais uma vez eu ouvi: “Dá a outra face”
- Tá bom eu te desculpo.- Eu respondi.
A menina levou uma suspensão, eu tive que terminar de assistir a aula com uma marca de pé que não saia de jeito nenhum da minha blusa, todos na escola estavam assustados com o que havia acontecido. Quando eu cheguei em casa eu chorei muito, não havia o que fazer, se eu fosse tirar mais satisfações, eu só aumentaria o problema. Eu me lembrei das pregações que eu ouvia na igreja dizendo que quando a pessoa quer buscar a Deus tudo acontece para que ela desista, então eu orei:
- Meu Deus! Se o diabo queria que eu parasse de te buscar, ele tá muito enganado, agora eu vou por toda a força. Eu não sei como, eu não sei nem por onde começar, mas eu quero ser uma mulher de Deus!
Ainda faltava muito para que aquilo se concretizasse na minha vida, mas naquele dia eu sai de cima do muro.
Continua na próxima semana...
- Eu não sei.- Eu respondi chorando. Além de ter apanhado na frente de todo o colégio, eu fui levada praticamente arrastada para a diretoria.
- Por que você bateu nela?- A inspetora perguntou aos gritos para a garota que estava com uma cara de muito ódio, com os punhos serrados, olhando fixamente para frente e com a respiração tensa.
- Por que ela provocou as minhas amigas!!!- Ela respondeu com muita raiva.
- Eu não fiz nada.- Eu tentei respondei enquanto eu soluçava.
A inspetora andava de um lado para o outro batendo os pés e nos olhando seriamente, então ela saiu por um momento da sala. A garota bufava de ódio e por mais que eu pensasse eu não conseguia achar um motivo para ela ter me atacado daquele jeito:
Seria essa menina da turma da garota do recado? Mas por qual motivo elas iam querer me bater? Seria por causa do Nando? Mas já fazia um tempo que eu fiquei com ele e a gente nunca mais se viu… Mesmo assim não seria motivo para elas fazerem isso...
“Por que meu Deus? Justo agora que eu estava te buscando.”
Enquanto eu pensava isso veio uma voz suave a minha mente dizendo:
“Dá a outra face.”
A inspetora voltou com a mesma feição de raiva trazendo um copo d’agua para eu tomar. Ela se voltou para a menina e perguntou novamente:
- Por que você bateu nela?
- Eu não sei… Eu não sei por quê eu bati nela.- Ela respondeu com uma voz passiva agora.
Quando eu levantei a cabeça e olhei para a menina que a poucos minutos havia me dado uma surra, ela estava com expressão totalmente mudada, não havia mais ódio no seu rosto, ela estava com um olhar perdido como se não estivesse entendendo nada do que ela tinha feito:
- Eu não sei por que bati em você, me desculpa…
Mais uma vez eu ouvi: “Dá a outra face”
- Tá bom eu te desculpo.- Eu respondi.
A menina levou uma suspensão, eu tive que terminar de assistir a aula com uma marca de pé que não saia de jeito nenhum da minha blusa, todos na escola estavam assustados com o que havia acontecido. Quando eu cheguei em casa eu chorei muito, não havia o que fazer, se eu fosse tirar mais satisfações, eu só aumentaria o problema. Eu me lembrei das pregações que eu ouvia na igreja dizendo que quando a pessoa quer buscar a Deus tudo acontece para que ela desista, então eu orei:
- Meu Deus! Se o diabo queria que eu parasse de te buscar, ele tá muito enganado, agora eu vou por toda a força. Eu não sei como, eu não sei nem por onde começar, mas eu quero ser uma mulher de Deus!
Ainda faltava muito para que aquilo se concretizasse na minha vida, mas naquele dia eu sai de cima do muro.
Continua na próxima semana...